A frase de hoje é:

Frase de hoje: I'm super carrot! (só não deixe um cavalo traduzir! XD)

sábado, 6 de outubro de 2012

Cavalo de hoje: Cavalo árabe(a pedido de lais*)



-> Cavalo Árabe.
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> Como raça de cavalo, tem sido sempre considerado que o árabe tem outras qualidades além da beleza. As suas características principais são que os cavalos árabes têm sempre a rabada muito levantada e são muito magros. Os cavalos árabes são um dos cavalos preferidos das pessoas para treinar, além de serem muito mais obedientes do que qualquer outro.
> Esta preocupação, que foi responsável pela grande qualidade da criação de cavalos árabes em Portugal, obrigou as autoridades oficiais a, desde 1934, durante mais de meio século, procederem a uma selecção dos reprodutores extremamente severa e sem precedentes.
> Assim, para provar o valor real dos animais, a Coudelaria Nacional Portuguesa fazia uma primeira selecção dos poldros e poldras aos 3 anos, e dos garanhões aos 6 anos, só admitindo como reprodutores os cavalos que obtivessem uma nota satisfatória na árvore genealógica, no modelo, nos andamentos e nas provas funcionais. Estas, na sua fase mais dura, eram constituídas por :
> um cross de 3.000 m com 15 obstáculos até uma altura máxima de 1,20 m, a percorrer à velocidade mínima de 600 m/minuto;
> uma corrida de 2.500 m, à velocidade mínima de 700 m/minuto;
> uma prova de salto de obstáculos, com 12 esforços, a uma altura máxima de 1,20 m;
> uma prova de estrada de 70 km, à velocidade de 20 km/hora ;
> uma prova de ensino, semelhante às utilizadas em CCE, para melhor avaliar as qualidades mentais e motoras do animal;
> um exame clínico pormenorizado.
> Evidentemente, os animais sujeitos a estas provas eram previamente treinados para poderem fornecer o grande esforço exigido.
> Esta selecção, que pensamos ser uma das mais duras realizadas no mundo, fez do árabe português um animal de excepção, um cavalo robusto e belo que guardou todas as qualidades morais e funcionais de outrora.
> Este facto levou os actuais responsáveis da raça a pensarem em reutilizar este tipo de selecção, com provas fisicamente um pouco menos violentas mas mais severas em relação ao tipo, esforço que contribuirá certamente para o melhoramento da raça.
> Não sabemos ao certo quando foi introduzido na Península Ibérica o cavalo árabe, mas parece não haver dúvida que o mais tardar em 711, a invasão islâmica trouxe para terras hoje portuguesas numerosos cavalos orientais, que deixaram certamente grandes marcas, dado que a presença árabe no extremo sul de Portugal durou até ao século XIII (1248).
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> Cavalo Árabe, na EMAPA (Avaré-SP-Brasil)
> No século XVI, a pioneira expansão lusitana no Mundo levou os portugueses a dominarem muitos mercados orientais, trazendo para o nosso país o que de mais raro neles existia. Porque não cavalos árabes? Não fala o historiador Damião de Góis (1502-1574) dos presentes enviados por D. Manuel I ao Papa Leão X, que juntamente com especiarias, jóias « que de memória de homem nunca se vira » e elefantes, contavam « uma onça de caça sobre uma manta bordada a ouro que cobria a garupa de um magnífico cavalo persa » ? E para confirmar que era hábito o Rei de Portugal receber como presentes cavalos orientais, não fala o mesmo escritor de um esplêndido Cavalo Persa oferecido pelo Rei de Ormuz ao monarca português ?
> A partir do século XVIII os cavalos orientais distinguem-se particularmente. Na Grã-Bretanha eles dão origem ao Puro Sangue Inglês, na Rússia ao Orloff, e, no século XIX, em França, ao Anglo Árabe. Neste país, a campanha de Napoleão no Egipto acentuou aquela tendência, trazendo para a corte francesa a moda do Cavalo Árabe, a montada preferida do Imperador. E assim, quase toda a Europa foi invadida por garanhões orientais, moda que não deixou de influenciar Portugal, como documentam as importações feitas do Egipto e de Constantinopla em 1812, 1861, 1867, 1872 e 1876.
> Destas importações, não há descendência pura conhecida, e para a história do PSA em Portugal, só as aquisições feitas em 1902 e 1903 em Beirute, Constantinopla e Djeddah, têm interesse por a sua descendência ainda hoje estar representada. Foram importados naquela ocasião 3 machos (Fehran, Dehiman e Nemyr) e 4 fêmeas (Saada, Nazly, Fhara I e Fhara II). A Saada trazia no ventre o Pakir, tendo a excelente descendência deste último, bem como a de sua mãe, a da Nazly e a do Fehran chegado aos nossos dias em raça pura. As extraordinárias Nazly e Saada, da casa de Beih Abdel Melek, podem considerar-se as matriarcas das mais antigas linhas árabes portuguesas.
> Em 1921 e 1935 foram importados vários animais da Grã-Bretanha, entre os quais os óptimos cavalos Fursan e Silfire, de Crabbet Park, a famosa coudelaria fundada por Lady Blunt, neta de Lord Byron.
> Em 1932, fez-se a primeira importação de animais [...]

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